O grau da obesidade está associado ao nível de atividade física?

Autores

  • Angelina Freitas Siqueira Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
  • Eliziane Brandão Leite Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - SES-DF
  • Cássia Regina de Aguiar Nery Luz Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - SES-DF
  • Fernanda Bezerra Queiroz Farias Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - SES-DF
  • Cristiane Moulin de Moraes Zenóbio Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - SES-DF
  • Maria Fernanda Cruz de Carvalho Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - SES-DF
  • Natália de Sousa Zufelato Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - SES-DF
  • Alexandra Rubim Camara Sete Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - SES-DF
  • Amilton Vieira Universidade de Brasília - UnB

DOI:

https://doi.org/10.51723/ccs.v32iSuppl1.988

Palavras-chave:

Doenças não Transmissíveis, Obesidade, Índice de Massa Corporal, Esforço Físico, Exercício Físico

Resumo

Introdução: Obesidade e inatividade física apresentam maior prevalência entre o sexo feminino. Evidências sugerem que a gravidade da obesidade pode estar associada ao estilo de vida. Objetivos: Comparar o nível de atividade física entre mulheres com obesidade grau 2 e grau 3. Métodos: Foram avaliadas 29 mulheres (47 ± 10 anos; 109 ± 16 kg; 1,60 ± 0,06 m) com obesidade grau 2 (n=8) e grau 3 (n=21), admitidas em um serviço público de saúde especializado no tratamento da obesidade. O nível de atividade física foi estimado por meio do Questionário Global de Atividade Física. Resultados:Mulheres com obesidade grau 2 relataram maior tempo dispendido em atividades de moderada intensidade em relação àquelas com grau 3 (1338 ± 921 versus 501 ± 473 min·sem-1, p < 0,001). No entanto, não houve diferença entre os grupos no tempo dispendido em atividades de vigorosa intensidade (p = 0,29) e no tempo total de atividades físicas de moderada a vigorosa intensidade (p = 0,06). Considerando os domínios do questionário, as mulheres com obesidade grau 2 relataram maior tempo dispendido em atividades físicas no tempo livre em relação àquelas com grau 3 (411 ± 410 versus 156 ± 189 min·sem-1, p = 0,01), mas não foi observada diferença entre os grupos no trabalho (p = 0,13), deslocamento ativo (p = 0,49) e comportamento sedentário (p = 0,20). Conclusão: Mulheres com obesidade grau 2 são mais ativas fisicamente em relação àquelas com grau 3.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

National Heart et al. Clinical guidelines on the identification, evaluation, and treatment of overweight and obesity in adults: the evidence report. n° 98. U.S.: National Heart, Lung, and Blood Institute, 1998.

GBD 2015 Obesity Collaborators. Health effects of overweight and obesity in 195 countries over 25 years. NEJM, 2017Jul 6, 377 (1), 13-27. Available from: https://dx.doi.org/10.1056/NEJMoa1614362

Donnelly JE, Blair SN, Jakicic JM, Manore MM, Rankin JW, Smith, BK. Appropriate physical activity intervention strategies for weight loss and prevention of weight regain for adults. Med Sci Sports Exerc. 2009 Feb, 41(2):459-471. Available from: https://dx.doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181949333

Yanovski SZ, Yanovski JA. Toward precision approaches for the prevention and treatment of obesity. JAMA. 2018 Jan, 319(3): 223-224. Available from:

https://dx.doi.org/10.1001%2Fjama.2017.20051

Lee I-Min, Shiroma, EJ., Lobelo, F., Puska P, Blair SN, Katzmarzyk PT. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide:

an analysis of burden of disease and life expectancy. Lancet. 2012 Jul 21; 380(9838): 219-229. Available from: https://dx.doi.org/10.1016%2FS0140-6736(12)61031-9

Bull FC, Al-Ansari SS, Biddle S. World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Br J Sports Med 2020; 54: 1451-1462. Available from: http://dx.doi.org/10.1136/bjsports-2020-102955

U.S. Department of Health and Human Services. Physical Activity Guidelines for Americans, 2nd edition. Washington, DC: U.S. Department of Health and Human Services; 2018. Available from: https://

health.gov/sites/default/files/2019-09/Physical_Activity_Guidelines_2nd_edition.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério

da Saúde, 2019. Disponível em: https://portalarquivos2.

saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de

pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, Diário Oficial da União, 12 dez, 2012. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

Armstrong T, Bull F. Development of the World Health Organization Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ). J of Public Health. 2006, 14(2):66-70. Available from: http://dx.doi.org/10.1007/

s10389-006-0024-x

Gondoni LA, Nibbio F, Caetani G, Augello G, Titon AM. What are we measuring? Considerations on subjective ratings of perceived exertion in obese patients for exercise prescription in cardiac rehabilitation programs. Int J Cardiol. 2010 Apr 15, 140(2):236-238. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.ijcard.2008.11.068

Madalozzo R, Martins SR, Shiratori L. Participação no mercado de trabalho e no trabalho doméstico: homens e mulheres têm condições iguais? Rev Estud Fem. 2010 Ago, 18(2): 547-566. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2010000200015

Cerin E, Leslie E, Sugiyama T, Owen N. Perceived barriers to leisure-time physical activity in adults: an ecological perspective. J Phys Act Health. 2010

Jul, 7(4): 451-459. Disponível em: https://doi.org/10.1123/jpah.7.4.451

Sallis JF, Saelens BE. Assessment of physical activity by self-report: status, limitations, and future directions. RQES. 2000, 71(sup2): 1-14. Available from:

https://doi.org/10.1080/02701367.2000.11082780

Ahmad MH, Salleh R, Nor MNS, Baharuddin A, Hasani WSR, Omar A et al. Comparison between self-reported physical activity (IPAQ-SF) and pedometer

among overweight and obese women in

the MyBFF@ home study. BMC women’s health. 2018, 18(Suppl 1): 100. Available from: https://doi.org/10.1186/s12905-018-0599-8

Yi LY, Samat N, Muda, WMW. Accelerometer-Measured Physical Activity and its Relationship with Body Mass Index (BMI) and Waist Circumference (WC) Measurements: A Cross-Sectional Study on Malaysian Adults. Mal J Nutr. 2017, 23(3): 397-408. Available from: https://nutriweb.org.my/mjn/publication/23-3/i.pdf

Brown BB, Werner CM. Using accelerometer feedback to identify walking destinations, activity overestimates, and stealth exercise in obese and nonobese individuals. J Phys Act Health. 2008, 5(6): 882-893. Available from: https://doi.org/10.1123/jpah.5.6.882

Downloads

Publicado

16.12.2021

Como Citar

1.
Freitas Siqueira A, Leite EB, Luz CR de AN, Farias FBQ, Zenóbio CM de M, de Carvalho MFC, Zufelato N de S, Sete ARC, Vieira A. O grau da obesidade está associado ao nível de atividade física?. Com. Ciências Saúde [Internet]. 16º de dezembro de 2021 [citado 26º de abril de 2024];32(Suppl1). Disponível em: https://revistaccs.escs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/988

Edição

Seção

Suplemento especial: Trabalhos premiados no I SiDOH