Administração segura de antineoplásicos: limites e possibilidades das práticas dos profissionais de enfermagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51723/ccs.v33i04.1319

Palavras-chave:

Antineoplásicos, Enfermagem, Vias de Administração de Medicamentos, Segurança do paciente

Resumo

Objetivo: Caracterizar a prática de administração de quimioterapia antineoplásica por profissionais de enfermagem em duas unidades ambulatoriais de hospitais públicos do Distrito Federal. Método: Estudo de método misto realizado por meio de entrevistas semiestruturadas com 32 profissionais de enfermagem, enfermeiros e técnicos de enfermagem, para identificar as conformidades e não conformidades dos procedimentos adotados.  Resultados: Metade das enfermeiras e técnicos de enfermagem não recebeu treinamento específico para a administração de antineoplásicos e as práticas observadas apresentaram não conformidades em sua maioria, embora tanto enfermeiros quanto técnicos de enfermagem ter afirmado conhecimento dos protocolos para administração de antineoplásicos. Conclusão: As instituições com serviços de administração de terapia antineoplásica carecem de capacitação prévia e continuada de seus profissionais de enfermagem e de avaliação e monitoramento das condutas assistenciais. Os profissionais de enfermagem possuem conhecimento acerca das práticas seguras de assistência a esse paciente, porém, a adesão às medidas de segurança mostrou-se insatisfatória.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Teresa Christine Pereira Morais, Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS

Enfermeira. Doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - EEUSP. Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (ESCS/FEPECS). Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Eva Maia, Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS

Enfermeira. Residente do Programa de Enfermagem Multiprofissional em Saúde da Família pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS). Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Luana Fernandes dos Reis, Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS

Enfermeira. Escola Superior de Ciências da Saúde da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (ESCS/FEPECS). Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Referências

Bonassa EMA, Rodrigues MI. Terapia oncológica para enfermeiros e farmacêuticos. 4. ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2012.

Cruz FS, Rossato LG. Cuidados com o paciente oncológico em tratamento quimioterápico: o conhecimento dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Rev. bras. cancerol. 2015;61(4):335-41. DOI: 10.32635/2176-9745.RBC.2015v61n4.212

Medeiros JRA, Medeiros APG, Costa CCM. Cuidados de enfermagem na administração de quimioterápicos. Anais II CONBRACIS; 14-16 de junho de 2017 [acesso em 2022 fev 13]. Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: https://editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2017/TRABALHO_EV071_MD4_SA4_ID335_16052017000322.pdf

Mota IVR, Nascimento LES, Cardoso RA, Lemos LB, Lemos GS. Medicamentos sob controle especial: uma análise dos erros de medicação e indicadores de prescrição. Rev. Eletr. Farm. 2016;13(1):45-54. DOI: https://doi.org/10.5216/ref.v13i1.36594

Ribeiro TS, Santos VO. Segurança do paciente na administração de quimioterapia antineoplásica: uma revisão integrativa. Rev. Bras. Cancerol. 2015;61(2):145-53. DOI: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2015v61n2.554

Conselho Federal de Enfermagem (Brasil). Resolução nº 569/2018. Aprova o Regulamento Técnico da Atuação dos Profissionais de Enfermagem em Quimioterapia Antineoplásica. Diário Oficial da União 22 fev 2018;Seção 1.

ANVISA. (2013). Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e Administração de Medicamentos. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/01/protoc_identificacaoPaciente.pdf

Ferreira AR, Ferreira EB, Campos MCT, Reis PED, Vasques CI. Medidas de biossegurança na administração de quimioterapia antineoplásica: conhecimento dos enfermeiros. Rev. bras. Cancerol. 2016;62(2):137-45. DOI:10.32635/2176-9745.RBC.2016v62n2.169

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução nº 220, de 21 de setembro de 2004. Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica. Diário Oficial da União 23 set 2004; Seção 1.

Rodrigues AR et al. Medidas de Biossegurança na Administração de Quimioterapia Antineoplásica: Conhecimento dos Enfermeiros. Revista Brasileira de Cancerologia 2016; 62(2): 137-145.

Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a norma regulamentadora nº 32 (Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de saúde). Diário Oficial da União 16 nov 2005; Seção 1.

Jesus ALTB, Santos LSB. Ações de enfermagem: boas práticas na administração de terapias oncológicas [TCC]. Aracaju (SE): Universidade Tiradentes; 2015. 23 p.

Coyne E, Northfield S, Ash K, Brown-West L. Current evidence of education and safety requirements for the nursing administrations of chemotherapy: integrative review. Eur J Oncol Nurs. 2019;41:24-32. DOI: 10.1016/j.ejon.2019.05.001

Kim JM, Suarez-Cuervo C, Berger Z, Lee J, Gayleard J, Rosenberg C, et al. Evaluation of patient and Family engagement strategies to improve medication safety. Patient. 2018;11(2):193-206. DOI: 10.1007/s40271-017-0270-8

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Diário Oficial da União 2 abr 2013;Seção 1.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada- RDC Nº 36, de 25 de julho de 2013. Disponível em: www.anvisa.gov.br/legis .

Gozzo TO, Santos LAC, Cruz LAP. Conhecimento da equipe de enfermagem acerca da prevenção e manejo de extravasamento de drogas quimioterápicas. Rev enferm UFPE on line.11(12):4789-97. DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v11i12a15191p4789-4797-2017

Porto JS, Marziale MHP. Motivos e consequências da baixa adesão às precauções padrão pela equipe de enfermagem. Rev Gaúcha Enferm. 2016;37(2):e57395. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.02.57395

Sangoi TP, Gehlen MH, Stobäus CD. Riscos ocupacionais para trabalhadores da enfermagem em oncologia: uma revisão narrativa. Ciênc. Saúde. 201617(2):301-17.

United States Departament of Labor. Occupational Health and Safety Administration. Controlling occupational exposure to hazardous drugs. In: OSHA tecnical manual. [Internet]. Washington, DC: US Departament of Labor; 2016. Available from: https://www.osha.gov/dts/osta/otm/ otm_vi/otm_vi_2.html .

National Institute for Occupational Safety and Health. NIOSH Alert: preventing occupational exposure to antineoplastic and other hazardous drugs in health care settings [Internet]. Cincinnati: National Institute for Occupational Safety and Health; 2004. Available from: www.cdc.gov/niosh/docs/2004-165/ pdfs/2004-165.pdf.

Borges GG, Silvino ZR, organizadores. Manual de boas práticas: exposição ao risco químico na central de quimioterapia: conceitos e deveres. Rio de Janeiro: Inca, 2015. 32 p.

Cavalheiro AC, Trentino JP, Alves FC, Puggina AC. Proibição do uso de adornos pela Norma Regulamentadora 32 e autoconceito profissional da equipe de enfermagem. Rev Bras Med Trab. 2019;17(2):219-27. DOI: 10.5327/Z1679443520190312

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Nota Técnica Nº 01/2018 GVIMS/GGTES/ANVISA: Orientações Gerais para Higiene das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa; 2018 [acesso 2022 fev 13]. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/nota-tecnica-01-2018-higienizacao-das-maos.pdf/view

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Segurança do paciente em serviços de saúde: Higienização das mãos. Brasília: Anvisa; 2009 [acesso 2022 fev 13]. 105 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higienizacao_maos.pdf

Custódio CS, Goulart CB, Reis PED, Silveira RCCP, Santos BN, Silva KRM, et al. Acessos vasculares em oncologia. In: Santos, M, organizador. Diretrizes oncológicas 2. São Paulo: Doctor Press Ed. Científica; 2019. p. 641-82.

Conselho Federal de Enfermagem (Brasil). Guia de recomendações para registro de enfermagem no prontuário de paciente e outros documentos de enfermagem. Brasília: Cofen, 2016 [acesso 2022 fev 13]. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2016/08/Guia-de-Recomenda%C3%A7%C3%B5es.pdf

Publicado

12.09.2023

Como Citar

1.
Pereira Morais TC, Maia E, Fernandes dos Reis L. Administração segura de antineoplásicos: limites e possibilidades das práticas dos profissionais de enfermagem. Com. Ciências Saúde [Internet]. 12º de setembro de 2023 [citado 28º de abril de 2024];33(04). Disponível em: https://revistaccs.escs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/1319

Edição

Seção

Seção temática - Artigos oriundos de Programas de Iniciação Cient´ífica