De Revista de Saúde do Distrito Federal à Revista Comunicação em Ciências da Saúde

uma história de êxito da ESCS/Fepecs e do SUS-DF

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51723/ccs.v32i03.1095

Palavras-chave:

Pesquisa, Comunicação e Divulgação Científica, Ciências da Saúde

Resumo

A revista Comunicação em Ciências da Saúde (CCS) é uma revista de divulgação científica na área da saúde, indexada desde 2006 na Biblioteca Virtual em Saúde/Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (BVS/LILACS) e Bireme. Dispõe de três seções: a primeira publica artigos na área Clínica Assistencial com ênfase na atenção geral e especializada; a segunda seção publica artigos em Saúde Coletiva englobando epidemiologia, política, economia, planejamento, gestão, e ciências sociais em saúde; e na terceira seção, são publicados artigos na área de Educação no campo da saúde com foco em metodologias ativas de ensino.

Mas, nem sempre foi assim! Criada em 1990 com o nome de Revista de Saúde do Distrito Federal (RSDF), era uma publicação técnico-científica do sistema de saúde do Distrito Federal, tinha como linha editorial a divulgação de artigos, propostas e trabalhos que visassem à melhoria das condições de saúde da população. Tinha como principal objetivo possibilitar aos profissionais da saúde um veículo de publicação de seus trabalhos e experiências, possibilitava um intercâmbio entre os diversos setores, criando um espaço de discussões para subsidiar o sistema de saúde local. No princípio, os artigos publicados eram predominantemente da extinta Fundação Hospitalar do Distrito Federal, com uma tímida participação da Universidade de Brasília (UnB) e de autores de outros Estados, com maior contribuição nas áreas de saúde pública e especialidades médicas.

Em 2002 a editoração e divulgação da RSDF passou a ser atribuição da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) por meio da Coordenação de Pesquisa e Comunicação Científica (CPECC).  Este foi um marco importante para a revista, porém, não resolveu seus problemas de manutenção de recursos financeiros, assim como a lentidão nos processos de contratação de serviços para garantir a periodicidade. Os constantes atrasos nas publicações levavam a um descrédito de seus colaboradores e a dificuldade de captação de artigos de outros Estados do Brasil por entenderem que a revista era somente de publicação local.

Apesar desta realidade, seus gestores e editores sentiam a necessidade de que o periódico crescesse e esse sentimento motivou a realização de mudanças em 2006. Entre as alterações substanciais citam-se: a incorporação de componentes de outros Estados e países, no corpo editorial e de revisores; o estabelecimento de parâmetros editoriais no modelo de avaliação de periódicos científicos;  e a mudança mais marcante, a alteração do nome para Comunicação em Ciências da Saúde – Report in Health Sciences. Com essas alterações e a indexação na BVS/Lilacs, artigos de outras áreas da saúde começaram a impactar as estatísticas da revista, principalmente de nutrição e enfermagem; as demandas de outras localidades apareceram, sua divulgação passou a ser feita para todas as bibliotecas de universidades, Conselhos de Classe na área da Saúde, instituições públicas, toda rede da Secretaria de Estado de Saúde (SES), autores e colaboradores, alcançando um total de mil exemplares.

No ano de 2017, face às mudanças nacionais e internacionais no âmbito da divulgação científica, a CPECC por meio de conselho editorial da revista CCS e com apoio da Direção Geral da ESCS e da Diretoria Executiva da Fepecs, constituiu um grupo de trabalho institucional com a participação da Biblioteca Central – BCE-Fepecs. Esse grupo desenvolveu um projeto de qualificação da revista que contou com a consultoria da Biblioteca Central da Universidade de Brasília (BCE-UnB) e do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), além do apoio operacional da DTI (à época denominada Gerência de Informática – GEINFO) e da Gerência de apoio audiovisual  - GERAV, ambas vinculadas à Fepecs. Um dos produtos dessa parceria foi o desenvolvimento da versão eletrônica da revista para submissão e avaliação de artigos, utilizando a plataforma Open Journal Systems (OJS); inicialmente chamada de Serviço de Editoração Eletrônica de Revistas (SEER), o OJS é um software livre desenvolvido por uma universidade canadense e que foi traduzido e disponibilizado gratuitamente no Brasil pelo IBICT.

No início de 2019, pouco mais de um ano após a transição para o formato unicamente eletrônico, o periódico novamente se associou institucionalmente à Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC) no intuito de aprimorar seus processos editoriais e promover a profissionalização de seus editores. Com o amadurecimento das práticas editoriais, percebemos que não basta aprimorar internamente o processo de trabalho da revista, se faz necessário buscar a melhoria das métricas, a indexação em novas bases de dados e repositórios digitais, assim como a própria internacionalização do periódico. Nesse sentido, nossas expectativas para o futuro da revista transcendem a preocupação com o dia a dia do periódico e se apoiam no desejo de promover uma ciência aberta, inclusiva e acessível, não apenas à comunidade acadêmica, mas também à sociedade.

Chegamos em 2021, aniversário de 20 anos da criação da ESCS e de sua fundação mantenedora a Fepecs. Mas, como comemorar uma data tão significativa em um ano de pandemia que nos impõe medidas restritivas que evitam aglomeração? Foi neste contexto que em fevereiro deste ano, a Diretoria Executiva da Fepecs, a ESCS (representada pela CPECC) e os Editores da revista CCS se reuniram para a elaboração de uma sessão temática especial sobre “Educação profissional em saúde no Distrito Federal: Fepecs e suas escolas ontem, hoje e amanhã”, com artigos que propiciassem ao leitor um panorama da educação profissional na área de saúde do DF, sobretudo dos cursos e instituições vinculadas à SES do DF. Assim, foi realizado um chamado/convite aos gestores, ex-gestores, profissionais e estudantes das Instituições Fepecs, ESCS, Escola Técnica de Saúde de Brasília (ETESB) e Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (EAPSUS), para a elaboração de artigos que não só contemplassem o tema, mas que contassem também um pouco da trajetória, desafios e êxitos das escolas e seus processos de trabalho.

Como resultado, temos a satisfação e o orgulho de apresentar a vocês neste número, uma seção especial com artigos que foram previamente avaliados por uma equipe de revisores convidados pelas suas expertises, com o objetivo de propiciar conhecimento, reflexões, discussões acerca do grande e pioneiro desafio de se ter uma Fundação e três escolas de saúde dentro de uma Secretaria de Estado de Saúde e como planejar seus futuros. E, considerando a importância dessa temática, gostaríamos de agradecer aos que colaboraram com este grande feito, em especial aos editores da CCS e revisores e, aos autores que atenderam ao chamamento, todas as nossas homenagens. Por fim, convidamos você a uma excelente e empolgante leitura!

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Biografia do Autor

Luciano de Paula Camilo, Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS

Doutorando em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília. Mestre em Educação (Master in Health Professions Education) pela Universidade de Maastricht - Holanda. Editor Executivo da Revista CCS

Claudia Vicari Bolognani, Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS

Doutorado em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu. Docente do Curso de Medicina da ESCS. Editora Associada da CCS.

Referências

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Publicado

24.09.2021 — Atualizado em 24.09.2021

Versões

Como Citar

1.
Camilo L de P, Bolognani CV. De Revista de Saúde do Distrito Federal à Revista Comunicação em Ciências da Saúde: uma história de êxito da ESCS/Fepecs e do SUS-DF. Com. Ciências Saúde [Internet]. 24º de setembro de 2021 [citado 27º de abril de 2024];32(03). Disponível em: https://revistaccs.escs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/1095

Edição

Seção

Editorial