Vida e morte: uma reflexão sob a ótica de profissionais da saúde

Autores

  • Simone Lysakowski Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
  • Aline Winter Sudbrack Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Rita Catalina Aquino Caregnato Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA
  • Kelen Patricia Mayer Machado Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.51723/ccs.v33i01.1056

Palavras-chave:

Morte, Comunicação em Saúde, Educação em Saúde, Vida

Resumo

Introdução: vive-se com a ilusão do domínio sobre a vida e a morte, como se essa última fosse uma possibilidade distante, a qual pudéssemos escolher ou não. Objetivo: conhecer como os profissionais de saúde percebem avida e a morte. Método: estudo de cunho qualitativo com a realização de grupos focais, que tiveram a participação de 24 profissionais, médicos e enfermeiros. Resultados: a análise das falas apontou a escassez de diálogos e reflexões sobre a vida e, principalmente, sobre a morte, sendo evidenciadaa ausência de interação com a temática desde a formação acadêmica. Conclusão: fica exposta a necessidade de abordagens e discussões sobre a temática a fim de preparar o profissional para atuar no domínio do fenômeno da morte.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Simone Lysakowski, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

Enfermeira, Mestre em Ensino na Saúde pela Universidade Federal de Ciêncas da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Doutoranda em Pediatria pela UFCSPA. Porto Alegre, RS, Brasil.

Aline Winter Sudbrack, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutora em Sociologia e Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Especialista em Ética na Pesquisa com Seres Humanos pela UNESCO. Membro Titular da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Universidade Federal de Ciêncas da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, RS, Brasil.

Rita Catalina Aquino Caregnato, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA

Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora em Educação pela UFRGS. Universidade Federal de Ciêncas da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre, RS, Brasil.

Kelen Patricia Mayer Machado, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

Enfermeira, Mestre em Enfermagem. Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Porto Alegre, RS, Brasil.

Referências

Kovács JM. Educação para a morte: Temas e reflexão. Casa do psicólogo. FAPESP. 2003.

Correa MR, Hashimoto F. Finitude, envelhecimento e subjetividade. Revista Temática Kairós Gerontologia, pp. 85-99. São Paulo (SP), Brasil, 2012. DOI: https://doi.org/10.23925/2176-901X.2012v15iEspecial12p85-99

Rinpoche CT. Vida e morte no budismo tibetano. Três Coroas: Makara, 2008. 92p. :il.

Foucault M. O Nascimento da Clínica. Trad. Roberto Machado. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987:191.

Oliveira HB, Oliveira EFB, Oliveira RZB, Oliveira AMB, Santos MERC, Silva JAP. Ética e eutanásia. Simpósio Medicina e Direito. J Vasc Br 2003, 2(3): 278-282. Disponível em: https://www.jvascbras.org/article/5e20c3b50e88254407939fde/pdf/jvb-2-3-278.pdf

Junges JR, Cremonese C, Oliveira EA, Souza L, Backes V. Reflexões legais e éticas sobre o final da vida: uma discussão sobre a ortotanásia. Revista Bioética 2010; 18 (2): 275 – 88. Disponível em; https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/564.

Francisconi CF,Goldim JR. Problemas de Fim de Vida: Paciente Terminal, Morte e Morrer. (c) Goldim&Francisconi/1997-2014. Disponível em: http://www.bioetica.ufrgs.br/morteres.htm#morte.

Lysakowski S, Menin GE. Utilização de simulação clínica no ensino sobre terminalidade da vida na Enfermagem: relato de experiência. Revista Docência do Ensino Superior, Belo Horizonte, v. 9, e002559, 2019.DOI: https://doi.org/10.35699/2237-5864.2019.2559 .

Lysakowski S, Machado KPM, Wyzykowski C. A comunicação da morte em tempos de pandemia por covid-19: relato de experiência. Saberes Plurais Educ. Saude, v. 4, n. 2, p. 71 - 7 7, ago./dez. 2020. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/saberesplurais/article/view/108467

Rodrigues IG, Zago MMF. A morte e o morrer: maior desafio de uma equipe de cuidados paliativos. CiencCuidSaude, 2012; 11(suplem.):031-038. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/17050/pdf

Lysakowski S, Caregnato RCA, Sudbrack AW. Human Resources Training For Organ Procurement in Transplantations: Distance Learning. Research, Society and Development, [S. l.], v. 8, n. 1, p. e581510, 2019. DOI: 10.33448/rsd-v8i1.510. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/510 Acesso em: 2 mar. 2022.

Pope C,Mays N.Pesquisa qualitativa na atenção à saúde.3. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2009.

Bauer MW, GaskellG. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. – 13. Ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 2015.

Neto AC. A morte na visão do espiritismo. Reflexões para quem quer compreender o que acontece no momento em que morremos e depois. Rio de Janeiro: sextane, 2017.

Perboni JS, Zilli F, Oliveira SG. Profissionais de saúde e o processo de morte e morrer dos pacientes: uma revisão integrativa. pers.bioét. V o l . 22. N ú m . 2. p p . 288-302. 2018. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/pebi/v22n2/0123-3122-pebi-22-02-00288.pdf

Monteiro SAS. Ciclos de vida e ética do envelhecimento. Temas em Educ. e Saúde, 2018, 14(2): 254-267. Available from: DOI: 10.26673/tes.v14i2.12032.

Faria S de S, Figuereido J de S. Aspectos emocionais do luto e da morte em profissionais da equipe de saúde no contexto hospitalar. Psicologia Hospitalar, 2017, 15 (1), 44-66. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-74092017000100005

Brasileiro M de SE, Brasileiro JE. O medo da morte enquanto mal: uma reflexão para a prática da enfermagem. Rev. Ciênc. Méd 2017, 26(2):77-92. Disponível em: http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/view/3582

Stoll SJ. Espiritismo á Brasileira. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Curitiba: Editora Orinon, 2003.

Santos QN, Porto LA, Batista CB. Significados de morte e morrer para profissionais de unidade de terapia intensiva. PsicolArgum [Internet]. 4º de junho de 2020 [citado 2º de março de 2022];38(100):316-37. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/25934

Pawlowytsch PWM, Kovalski E. O entendimento da morte para profissionais de saúde de um hospital geral de Santa Catarina. Saúde Meio Ambiente 2017, 6( 2): 28-38, Available from: https://doi.org/10.24302/sma.v6i2.1107

Downloads

Publicado

11.03.2022

Como Citar

1.
Lysakowski S, Sudbrack AW, Caregnato RCA, Machado KPM. Vida e morte: uma reflexão sob a ótica de profissionais da saúde . Com. Ciências Saúde [Internet]. 11º de março de 2022 [citado 19º de abril de 2024];33(01). Disponível em: https://revistaccs.escs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/1056

Edição

Seção

Saúde Coletiva