Vigilância da Leishmaniose Visceral no Distrito Federal: aspectos organizacionais, situação epidemiológica e medidas intersetoriais

Autores

  • Gisele de Jesus Silva Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil
  • Erica Tatiane da Silva Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil.
  • Gabriela Rodrigues de Toledo Costa Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
  • Isabele Barbieri dos Santos Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.51723/ccs.v28i02.209

Resumo

Introdução: A leishmaniose canina coexiste com a doença humana e costuma precedê‑la, sendo os cães o principal reservatório doméstico. São escassos os estudos sobre a vigilância e epidemiologia das Leishmanioses no Brasil, inclusive no Distrito Federal (DF).
Objetivo: Descrever a vigilância da Leishmaniose Visceral no DF, quanto ao arranjo organizacional, situação epidemiológica e medidas intersetoriais para prevenção e controle da doença.
Métodos: Estudo descritivo utilizando dados dos sites oficiais do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado e Saúde do DF, complementados por consulta à Diretoria de Vigilância Ambiental. Foram investigados os marcos históricos, a estrutura e as ações desenvolvidas, além da distribuição dos casos de Leishmaniose Visceral humana (LVH) e canina (LVC) por ano e região administrativa.
Resultados: O histórico da evolução da vigilância da leishmaniose no DF e seu arranjo organizacional atual evidenciam a contínua ampliação e fortalecimento deste sistema. No período de 2004 a 2015, foram registrados 321 casos confirmados de LVH, dos quais 4,8% evoluíram para óbito, além de 6.608 casos de LVC. O aumento do número de casos de LVC precedeu o aumento de número de casos de LVH. Para enfrentamento desta zoonose, foram desenvolvidas e fortalecidas ações intersetoriais entre Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde e o Laboratório Central do DF.
Conclusão: Faz‑se necessária uma avaliação contínua da estrutura e capacidade de resposta do sistema territorial de vigilância da LVC, como componente fundamental da política nacional de saúde pública de combate às leishmanioses.

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Biografia do Autor

Gisele de Jesus Silva, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil

Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil

Erica Tatiane da Silva, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Gabriela Rodrigues de Toledo Costa, Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

 Diretoria de Vigilância Ambiental do Distrito Federal – DIVAL/DF, Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Isabele Barbieri dos Santos, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, Distrito Federal, Brasil.

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Publicado

24.05.2018

Como Citar

1.
Silva G de J, da Silva ET, de Toledo Costa GR, dos Santos IB. Vigilância da Leishmaniose Visceral no Distrito Federal: aspectos organizacionais, situação epidemiológica e medidas intersetoriais. Com. Ciências Saúde [Internet]. 24º de maio de 2018 [citado 29º de março de 2024];28(02). Disponível em: https://revistaccs.escs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/209

Edição

Seção

Saúde Coletiva

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