Breve análise sobre o enfrentamento da pandemia da COVID-19 nos EUA e no Brasil

13.11.2020

1. Camilo e Gottems: Caro Prof. Eduardo Siqueira, conte-nos um pouco de sua trajetória profissional.

Eduardo Siqueira: Estou radicado nos Estados Unidos desde 1989, ou seja, a maior parte da minha carreira se deu nos EUA. Ao longo da minha trajetória profissional pesquisei a economia política da migração de produtos e substâncias perigosas entre países desenvolvidos e periféricos, questões de políticas de ambiente do trabalho para trabalhadores de serviços de saúde, justiça ambiental e saúde dos imigrantes brasileiros em Massachusetts, políticas de saúde no Brasil, e desigualdades em saúde e segurança no trabalho.

Coordeno também um projeto intitulado Projeto Transnacional Brasileiro no Instituto Mauricio Gastón da UMass Boston, através do qual supervisionei alunos de doutorado, pós-doutores e alunos de graduação brasileiros nos últimos 10 anos. Graças a este intercâmbio minhas linhas de pesquisa se ampliaram para diversos outros temas em saúde pública.

 

2. Camilo e Gottems: Poderia descrever um paralelo das medidas gerais de enfrentamento da pandemia, implementadas pelos Governos dos EUA e do Brasil? Sobretudo, uma análise sobre os desdobramentos das medidas tomadas, as quais têm em comum a tomada de decisões retardadas e a negação da gravidade da pandemia, mas que no decorrer das medidas, acabaram por conduzir ações bem diferentes em termos de compromisso público com a proteção de vidas.

Eduardo Siqueira - Na verdade, tanto o governo Trump nos EUA como o governo Bolsonaro no Brasil adotaram o negacionismo como fundamento das políticas de controle da COVID-19 adotadas ou boicotadas. Ambos se opuseram ao enfrentamento centralizado, coordenado, e, portanto, nacional, da pandemia através dos órgãos do governo federal. Em ambos os países, os governadores dos Estados tiveram que arcar com decisões fundamentais sobre como controlar a transmissão do novo Coronavirus, desde onde comprar equipamentos de proteção individual e kits para testes até o estabelecimento de quarentenas. [...]

Para ler a entrevista na íntegra, acesse o link:

https://revistaccs.escs.edu.br/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/846